jeudi 5 octobre 2017

A discoteca ideal : The Jam – « Sound Effect »

  
Depois « Night and Day », de Joe Jackson, um outro clássico para possuir imperativamente! Entre as centenas de shows ingleses que assisti na Europa, muitos caíram no esquecimento na minha memória, mas aquele do The Jam, em 1980, na Ancienne Belgique de Bruxelas, continua sendo um daqueles que não pode ser esquecido. Para este show, não se trata de um punhado de pessoas. A sala bruxelense estava repleta, e eu estava no primeiro andar, em pé, imprensado como na ocasião de um clássico do tipo Corinthians – Palmeiras



O trio liderado por Paul Weller, acabava de lançar “Sound Effect”, - a sua obra-prima -, ao mesmo tempo que o single Going Underground, uma das melhores músicas pop/ rock dos anos 80, e até mesmo da britpop em geral. 

Naquela época, as influências do grupo britânico eram mais claras do que nunca: Motown, The Who, e The Beatles, cujo outro single de “Sound Effect” estava à beira do plágio. Start era uma homenagem não disfarçada de Taxman de George Harrison. Contrariamente aos Sex Pistols que pregavam a destruição, ou The Clash, uma revolução profunda, os textos de Paul Weller queriam acreditar - e lutar- para uma Inglaterra sob um ângulo positivo. Mas tanto sua mensagem quanto sua música eram mais violentas (embora mais melódica) do que a maioria dos grupos punks entre os quais The Jam (Paul Weller – guitarra - , Bruce Foxton – baixo – e Rick Buckler – baterias -) simbolizava o ressurgimento “Mod”, movimento nascido com The Who e The Kinks por volta de 1965. 
Eles estavam vestidos como se devia estar, camisa branca e pequenas gravatas finas de couro, e frequentemente, se deslocavam em “scooter”. Eles se diferenciavam da estética punk e do movimento comercialmente construído por Malcolm Mc Laren. Eles eram com frequência diplomados, mas a violência musical estava bem presente, assim como o conhecimento e a curiosidade no âmbito da história popular musical. 



Se aceitamos a discrição do baterista, o trio tinha em Paul Weller e Bruce Foxton, dois compositores, cantores perfeitamente complementares, um baixo muitas vezes na criação de algumas músicas, e a energia, o carisma e a raiva de Paul Weller que estava longe de ser um grande guitarrista. 
Nasceram assim, « In the city » (1977), « This is the Morden world » (1978), « All mod cons » (1979). 
A música do trio se tornou mais popular, com os singles David Watts, outra influência “mod” reprise dos Kinks, Eton Rifles, e Down in the tube station at midnight, que conheceram um certo sucesso nas paradas musicais inglesas. Seguido por Going Underground que se tornou numéro 1, sem que os americanos os desprezassem por isso. Mas era difícil achar algo mais inglês do que The Jam, e isso apesar da paixão de Paul Weller pela onda Motown, e a gravação do famosos Heatwave de Martha and the Vandellas

Em 1980, The Jam aposta nas melodias acima de tudo, e desejava uma homenagem ao álbum “Revolver” dos Beatles, segundo as palavras de Paul Weller. A influência dos “Fab four” era mais do que óbvia, e se encontrava em vários títulos como That’s Entertainment, música acústica, que foi um dos seus maiores sucessos. Os textos sempre levavam mensagens políticas. E havia Start, aquele quase um plágio de Taxman. 

« Sound Effect » pode ser considerado como um dos grandes álbuns do The Jam, e uma coleção de pequenas pérolas pop, que ganhou várias reedições de luxo. 

O último capítulo do grupo lançado em 1982, « The Gift », que pegava carona no sucesso do álbum anterior. Mas neste álbum, no qual apareciam vários metais, era a soul dos anos 60 que dominava. O álbum, e os singles A Town called Malice e Precious foram outros números um das paradas de sucessos inglesas mesmo se o álbum permanece decepcionante no nível das composições, e se The Jam não tinha as armas para ser herdeiros de Berry Gordy e de sua firma Motown. No apogeu do grupo, Paul Weller decidiu dissolvê-lo para grande decepção dos dois outros membros, e lançou a dupla Style Council, com o tecladista Mick Talbot, até 1989, antes de continuar em solo até hoje. De todos os grupos post punk ou new wave, The Jam continua com certeza sendo o mais crível e consistente. E Paul Weller, um artista que não fez nenhuma concessão, sem ceder às diversas estéticas dos movimentos new wave. E ele permanece um artista considerado e mais do que interessante...


Ver clips na parte francês no post anterior....

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