FR: Le blog journalistique où l'Art et la Musique montrent que la vie n'est absolument pas ce que vous en pensiez! Attention, ça peut faire mal !
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vendredi 24 février 2017
A Cultura pode prejudicar a saúde!
Adriana Calcanhotto (foto internet)
Há 5 dias, nem um pingo sequer de chuva em São Paulo, sufocada por um calor de 40 graus, sem o sopro de um vento salvador, e reforçado por uma poluição costumeira, típica desta situação. Resultado, um corpo e um cérebro em câmera lenta, e, no entanto, nesta quarta 22 de fevereiro, tomei a decisão categórica de não ficar trancado à noite dentro de casa, com o calor como desculpa.
Um programa interessante se anunciava: lá pelas 19hs, Adriana Calcanhotto apresentaria um livro, uma antologia de poesias escritas por jovens artistas nascidos entre 1970 e 1990. « É agora como nunca" – antologia incompleta da Poesia contemporânea Brasileira », que ela organizou. Uma oportunidade de ouvir a cantora falar sobre sua paixão pelas palavras e, claro, tentar, durante alguns minutos, bater um papo com ela. Nessa hora, ela deve estar em Coimbra no Portugal, como professora convidada, na universidade da cidade.
Esta mesma quarta, em seguida, no Teatro Itália, a apresentação de um dos melhores álbuns do ano passado, "Meu nome é de qualquer um", de César Lacerda e Romulo Fróes, por volta das 21 hs. Meu lugar estava reservado!
Como quem não quer nada, sob a aparência de uma grande cidade normal, São Paulo se diverte nos surpreendendo com acontecimentos que ela deve achar extremamente engraçados.
Foi então que, um pouco antes das 17 hs, uma chuva violenta desabou na hora do rush e, conhecendo as distâncias da cidade, era preciso sair de casa o mais rápido possível. Nenhum táxi disponível em nenhum dos aplicativos e, na pele de um jornalista guerreiro, comecei a procurar, na rua, um carro. Após 45 minutos, vi ao longe o que parecia ser a luz que detectamos nos tetos dos táxis, e me lancei em uma corrida frenética para tentar alcançar o veículo. Resultado, uma queda de suma elegância, um jeans rasgado (o que aumentou o seu valor!), os joelhos sangrando como um garoto de 12 anos ao cair da sua bicicleta, mas, apesar de tudo, sim, consegui pegar o táxi. 30 minutos depois, ainda não tínhamos saído do bairro, e o aplicativo do motorista previa mais de uma hora de percurso, visto o estado do trânsito. Coisa rara: eu desisti e disse ao motorista que ia descer, e que meu programa cultural também tinha ido por água abaixo e que não ia mais rolar. Nada de alimento cultural! Voltando a pé, descobri um restaurante baiano, e resolvi me consolar com um vatapá e uma carne absolutamente divina, enquanto lia uma obra em francês: "Musiques Populaires Brésiliennes", de David Rassent, lançada pela editora "Le mot et le reste". É geralmente o tipo de obra convencional, cheia de erros, que me irrita e me faz entender porque a MPB nunca foi compreendida pelos francófonos. Mas após umas cinquenta páginas, percebi que não seria o caso daquele livro.
Isso será o assunto de uma próxima postagem.
Conclusão, o alimento que te alimenta, pode acreditar, estará sempre no teu prato!
« É agora como nunca »- Companhia das letras (não lido)
«César Lacerda & Romulo Fróes: « Meu nome é de qualquer um » - YB Music- (Ótimo)
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