mardi 25 juin 2019

Deixe o rock para quem sabe trata-lo!


 Iggy Pop & Paul Weller, o rock nao tem segredo para esses monstros

Tudo está caindo fora !... Não! Acho que está mais para tudo está voltando! Quer dizer, uma parte...Na boa... não sei mais em que direção tudo isso está indo! 
Que as profissões ligadas de perto ou de longe ao mercado da música não são mais as mesmas, é “chover no molhado”. Os profetas que possuíam óculos visionários que se projetavam cinquenta anos na frente (há dez anos), viam o progresso assim: “tudo mais pequenininho”, do tipo 500.000 músicas MP3 em um dedal de costura, e ei-los aqui sem entender nada com luvas brancas, manipulando com medo uma prato de queijos de 180 gramas, com 12 títulos. E eles se perguntam como é que a gente faz para eles rodarem. 
E há até mesmo uma foto grande que cobre esse círculo negro, que na verdade se tornou multicolorido, tipo arco-íris. Até mesmo o Gênesis ou o Pink Floyd não pensaram em colorir seus vinis, mas o efeito dos cogumelos já tornava a vida multicolorida. 


 Duvido que Morrissey e Johnny Marr gostaram

Juro que quando fui contratado pela minha primeira revista (eu tinha 19 anos), achava que ir à uma discoteca depois dos 25 anos era um ato desesperado, e que formar um grupo depois dos 21 anos, já era reduzir a sua carreira para dois ou três anos. Afinal, The Beatles tinham inventado a pop de A à Z, e não tinham nem 30 anos quando se despediram cordialmente. 

Eu disse « tudo mais pequenininho », « tudo mais rapidinho” (até a hora que a gente percebeu que uma faixa de 3 minutos continuaria a durar 3 minutos, caso alguns pensassem que a gente poderia ganhar tempo lendo o resumo de um disco, como na contracapa de um livro). E tudo mais jovem? Exceto que se não tivessem os vovôs do rock para encher os estádios, acho que teria uma enxurrada de falências. 

É claro, aqueles que vendiam 2 milhões de singles, ou de CDs nos anos 80, reaparecem com uma cara estranha (maçãs do rosto vermelhas e lisas, lábios carnudos como os de peixes grandes, em suma, siliconados, mas os organizadores dos shows podem acender uma vela para o Santo Mc Cartney, o profeta Springsteen, ou para falar da boca da garoupa, Mick Jagger e suas pedras que rolam. Ninguém tinha pensado que quanto mais uma pedra rola, mais ela aumenta como uma bola de neve. E o pior, é que ele cospe suas tripas três horas no palco, com um potencial de 80% do que ele podia realizar há 40 anos. Pensando melhor, os sobreviventes dos anos 60 e 70 (não vale


a pena tapar o sol com a peneira, uma boa parte se queimou sob o efeito de substâncias incontroláveis), têm a dignidade de dar ao seu público um espetáculo digno deste nome, e digno do preço cobrado. E quando eu digo “seu público”, muitas vezes são os pirralhos de 14 anos, que eu cruzo na Galeria do rock de São Paulo, desfilando com suas camisetas AC/DC, Led Zeppelin, Iron Maden ou Black Sabbath. Enquanto que outros mais transados se tatuam o rosto jovial de Morrissey do Smiths (grupo da safra 84-87), ou de Iggy Pop (safra interminável de um barril sem fundo). Mas eu não reclamo ! 

Gosto desta retomada do vinil, e acho que tem lugar para qualquer suporte. E faço questão de temporizar a euforia de alguns, a venda do vinil é espetacular, mas isso apenas representa 2% do mercado. Os mais otimistas ousam pouquíssimo fazer esta afirmação, mas eles até mesmo apostam em uma próxima estagnação dos bolachões. Podemos imaginar um mundo musical feito de 75% de MP3 (o hambúrguer engolido muito rápido por falta de tempo), 15% de vinil (que reservaremos como um charuto cubano para horas ao lado de uma chaminé com um conhaque), para 10% dos CDs, (cientificamente, sempre o melhor suporte para o ouvido humano, sem desagradar ao chamado amante do som "suave e quente"). Um CD que esteja talvez colocando sua própria vida em jogo.. E como sempre, essas considerações sem interesse deveriam introduzir o assunto dos shows de verão na Europa, mas o leitor virtual é também um produto de progresso! Após 4 linhas ele boceja, e vosso servidor é um deles...


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