samedi 4 mars 2017

E o vencedor é…



Bela foto dos produtores de "Lalaland " e "Monnlight". O melhor filme? Ninguém está nem ai, e é a ocasião de assistir ver dois bons filmes de 2016.

No final das contas, qual é a importância para um jornalista de ter um site e um blog, ou 3 blogs, se as matérias que são abordadas são feitas com profissionalismo, às vezes com humor, mas sempre com respeito. O que conta é tornar acessível as informações, independentemente do tom adotado. E para permanecer no tom do blog, tenho uma teoria que me faz dizer que o “jornalista, formador de opinião” que desapareceu após a internet, retornará por outros motivos em breve. 

Mas este é o tema de um próximo blog... Quando Tropicália MPB (http://www.tropicaliaMPB.com) foi criada em 2011, o blog « Arte e música popular brasileira » existia desde 2008. E quanto aos programas da Rádio Judaica, desde 2003. 
Estamos concordando para dizer que um jornalista só precisa dum blog, e nada mais.
Mas se o site  foi criado, era para expor mais claramente as diferentes matérias (resenhas de shows e álbuns, artigos de fundo, os programas transformados em podcasts, as galerias de fotos, tudo isso em duas línguas), e decidi guardar o blog, mudando seu título recentemente, que servirá sempre para direcionar vocês para o site, mas também para falar de muitas outras coisas que parecem estranhas para um belga no Brasil. E na verdade, tendo trabalhado dez anos em revistas internacionais, senti a falta de falar sobre outras músicas e outras artes. A esta altura, oficialmente, o carnaval 2017 acabou, e enquanto eu achava que a crise econômica e as instabilidades políticas que assolaram o Brasil neste último ano poderiam levar os blocos para uma volta mais tradicional, a cada hora, notícias pouco entusiasmantes caíam nas mãos da "Euronews". Seria muito cansativo enumerá-las aqui.

Dois simbolos da Portela: Monarco e Paulinho da Viola

De fato, um país em estado de sofrimento tende a desenvolver seu lado solidário, como pude muitas vezes constatar em Portugal. Porém, a vitoria de Portela depois de 30 anos, trouxe uma enorme felicidade no c deoraçao nomes que não podemos esquecer no mundo do samba carioca como Monarco, Paulinho da Viola, ou a mais jovem Teresa Cristina, sem esquecer os personagens retratados no documentário “O Mistério do samba" (2008), lidado e prodizido por Marisa Monte.

Imagem de "O mistério do samba" (2008), Monarco e Marisa Monte

Que os leitores estrangeiros sejam avertidos, o carnaval de cada cidade não se resume apenas a um desfile, mas os mais festeiros se encontram nos blocos, enormes aglomerações de foliões, reunidos por um tema, às vezes, antigo, às vezes, criado de um ano para o outro... Em São Paulo, o caso é bastante diferente já que a cidade se esvazia por causa das férias, e as festividades se concentram muito mais no centro da cidade, e nos bairros boêmios como Vila Madalena. 
Embora esteja baseada no calendário cristão, a festa em si apresenta costumes pagãos, bebe na fonte das tradições arcaicas ligadas aos ciclos sazonais e agrícolas. 

Na Europa, principalmente, o carnaval é comemorado nas cidadezinhas ou vilarejos, e raras são as capitais que dão atenção a isso. Nada a ver com a exuberância brasileira. Houve um tempo em que a cidade de Nice, na França, era “o maior grande show da terra”. Mas os tempos mudaram. No entanto, as estruturas (as alas, as músicas, o concurso) vieram da França. Mas o carnaval de Nice ainda existe e possui uma ligação simbiótica com o do Rio de Janeiro. Jorge Amado ou Gilberto Gil já foram juízes dos desfiles franceses (fonte: Annie Sidro, O Globo). 

E falando em concurso, há uns dias atrás, o Oscar 2017 chegou ao auge do ridículo em Hollywwod. Devido a um erro na entrega dos envelopes, o filme anunciado como vencedor saiu desapontado, e “La la land” teve que dar o seu lugar para “Moonlight”. 

Como para a primeira postagem deste blog, vamos ser sérios e admiti-lo! Se nos fosse possível honrar alguns filmes que brilharam durante o ano, os prêmios de melhor ator (atriz), coadjuvantes, produtores, engenheiros de som, melhor equipe de técnicos de iluminação, e muitas outras coisas mais, não tem estritamente – mas mesmo, estritamente! – nenhum sentido. Se admitirmos que uma excelente comédia tem pouquíssima chance de levar o troféu, como se pode comparar um ator coreano, escandinavo, americano, francês ou brasileiro, em filmes que estão longe de se parecerem. 
A reflexão vale para os programas premiando as melhores músicas ou para as premiações literárias. Um exemplo ao acaso: porque em 1996, os atores todos indicados ao Globo de Ouro: Clint Eastwood (As Pontes de Madison), teria sido melhor ator que Nicolas Cage (Despedida em Las Vegas), Anthony Hopkins (Nixon), ou Sean Penn (Os últimos passos de um homem). E só estou citando dos filmes  americanos para que possamos nos situar. Aqui também, nenhum debate é possível, o tom ditatorial se impõe, e estas festas glamorosas de três horas seriam reduzidas a uma hora, para o bem-estar de todos. É uma questão de dinheiro e de espaço de propaganda? Ah não! Realmente, vocês veem o mal em tudo!

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