A Noruega, como a Bélgica, são países para os quais os brasileiros têm dificuldade de atribuir preconceitos. Claro, tem o chocolate, as inúmeras cervejas, as revistas em quadrinhos (pois sim, Tim Tim ou Smurfs, e toda a escola da linha clara, vem deste pequeno país de onde venho), e claro a Copa de Mundo que nós ganharemos na Rússia...! Quanto à Noruega, é frequentemente o grupo nascido em 82, A-Ha, muito popular no Brasil, ao qual podemos fazer referência. É, de fato, no “Guiness Book of records”, que encontramos o nome deles por deter o recorde de entradas pagas (198.000) no Maracanã do Rio.
A-Ha é um trio que, a cada álbum lançado no mercado (uns dez), contém 2 ou 3 sucessos (muito bons ou razoáveis), enquanto os outros são trechos musicais banais. O que distingue o grupo é a voz do cantor Morten Harket que, desde seu primeiro sucesso, Take on, impressionava. Talvez possamos achar kitsch, o fato de apreciar o trio norueguês, associado aos novos românticos post punk, mas, o fato que um cantor reproduza as mesmas performances em público do que nos álbuns, sempre me deixou pasmo. Harket que se encontra nas páginas do mesmo famoso Guiness por ser o cantor pop a ter mantido a mais longa nota (22 segundos) no título Summer moved on ao vivo. Mesmo Fred Mercury, (do Queen) pegava a terceira ou a quinta, não podendo reproduzir os falsetes dos álbuns. Mas tomando sua defesa, após três ou quatro títulos mais para hard rock, ficava difícil para ele atingir os agudos de Somebody to love. O dvd « Live at the Oslo Spectrum”, que supostamente será a última turnê do grupo, está em destaque nas grandes lojas de departamento de São Paulo. E, francamente, não é inútil ver que o grupo não tinha perdido nada de seu talento, como os brasileiros puderam constatar durante o Rock in Rio 2015.
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